A mulher que amo
Se oculta nas cinzas
Nas cinzas quentes do pecado
Tem o corpo magro
Uma borboleta tatuada
E os olhos distantes
Marcados pelo passado
A mulher que amo
Tem o frescor das chuvas de verão
Misturado com o perfume
Importado da 25 de marco
Seu beijo tem gosto
De nicotina e menta
Sempre seguido de um sorriso
A mulher que amo
Nao gosta de flores plasticas
Veste-se de jeans e camiseta
Não esconde o umbigo
Nem o bico dos seios
Usa colares e brincos
Frequenta yoga , umbanda e saravá
A mulher que amo
Não mais a tenho
Ninguem mais a tem
Perdeu-se
Nas avenidas
Da grande cidade
outubro 2005