Faz amor comigo

Quebrem deuses a barreira,

de cristal que nos separa.

Essa deusa toda inteira,

do meu sonho se vingara.

Deu-me olhos para ver

e coração para amar…

Mas foi-se logo esconder,

do outro lado do mar.

É suplica meu olhar,

chora nobre coração;

Esse corpo é altar,

de amor e devoção.

Os meus lábios sequiosos,

do teu corpo o sabor;

Teus seios de tão formosos,

os sugo… pleno de amor.

Vem a mim deusa ditosa,

embriagada na dança;

Abre teu corpo, ó rosa…

No prazer que se alcança.

Os deuses adormecidos,

liberaram o castigo…

Olhamos embevecidos

e ela fez amor comigo.

Senti seu grito loucura,

quando o amor consumámos;

Os momentos de ternura,

a todo o mundo gritámos.

Não era dor o teu grito,

mas hino à liberdade;

Vencemos o que está escrito

e houve amor de verdade.

Deusa… tu venceste o mar,

o nosso duro castigo;

Quando vistes implorar:

- Mulher! Faz amor comigo.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 13/04/2010
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