Faz amor comigo
Quebrem deuses a barreira,
de cristal que nos separa.
Essa deusa toda inteira,
do meu sonho se vingara.
Deu-me olhos para ver
e coração para amar…
Mas foi-se logo esconder,
do outro lado do mar.
É suplica meu olhar,
chora nobre coração;
Esse corpo é altar,
de amor e devoção.
Os meus lábios sequiosos,
do teu corpo o sabor;
Teus seios de tão formosos,
os sugo… pleno de amor.
Vem a mim deusa ditosa,
embriagada na dança;
Abre teu corpo, ó rosa…
No prazer que se alcança.
Os deuses adormecidos,
liberaram o castigo…
Olhamos embevecidos
e ela fez amor comigo.
Senti seu grito loucura,
quando o amor consumámos;
Os momentos de ternura,
a todo o mundo gritámos.
Não era dor o teu grito,
mas hino à liberdade;
Vencemos o que está escrito
e houve amor de verdade.
Deusa… tu venceste o mar,
o nosso duro castigo;
Quando vistes implorar:
- Mulher! Faz amor comigo.