Outra vez

E pensar que sempre, nunca foi tanto ...

Porque já fui chamado de anjo

recolho as asas

para rever a vida,

que cheia como enchente

o espaço ultrapassa

em golpe de Pocker e trapaça.

Desejo quem desejo

e te faço amor

sem resto de pudor.

Bom declamar teu corpo

e seguir tuas curvas

em beijo inteiro.

E sentir que o teorema se resolve

enquanto teu orgasmo me absolve.

Ver que refletes estrelas

e tanto e tal, só por tê-las.

Pressentir teu corpo moreno

na lascivia do lençol branco,

abandono e entrega

como folha que a chuva rega.

Saber, moça bonita,

que és vida reescrita,

nesse novo livro

que insiste em ser vivo.

Agora já não são banais

os dias sempre iguais

às noites ancestrais.

Tu é mais.