Sempre

sempre estou no mesmo barco

remando no mesmo mar revolto

Sempre estou pelas esquinas

nas ruas frias e solitárias

Com pensamentos voadores

como carro desgovernado

Com meu mundo revirado

em instantes devoradores

Sempre estou perdida

sempre estou alheia ao que nada me pertence

em becos e paredes morbitas as cores que não mais vejo.

Sempre estou moida as tempestades que me arrastão

as chuvas que me deixam em pedaços sumindo na neblina cinza.

sempre estou cheia de lágrimas

por razoes de alegrias ou tristezas

sempre estou no meio das palavras

e sou meio silabas e letras.

rimas e desafios só não sou o Amor que por mim acabou

na mais nitida solidão e sou apenas um vento que passa.

Amanda crispim
Enviado por Amanda crispim em 17/04/2010
Reeditado em 17/04/2010
Código do texto: T2202003
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