O pior dos vermes
Da ânsia instintiva de sentir o amor,
Com a pessoa aparentemente perfeita,
Nasce um verme que próspero se enfeita,
Para induzir ao displicente dissabor.
Nessa embriaguez histérica do espírito,
Erguemos monumentos aos dias futuros...
Lançamo-nos aos anseios prematuros
De querer que tudo seja infinito.
As vozes dentro de nós gritam em discussão,
E quando entram em paz, caem na ilusão
De que devem priorizar as pulsões afetivas.
Após a desilusão o desapego demora...
A vida dentro de nós soluça e chora
Com o pior dos vermes: as expectativas.