O Poeta

A imaginação incita

Asas ao olhar sonolento

A inspiração visita

Um versejar de acalanto

O poeta grita a sua dor

Urge criar versos dourados

Faz da poesia rendas de amor

Das rútilas quimeras

Um lago plácido refletir lilás

Num crepúsculo ao som de Bach

A poesia desponta às noites

Desertas de ti em açoites vis

Beijo águas tuas azuis das fontes

Cria-se o mistério à magia

Delírios e fantasias

Faz-se das letras sangrentas, alquimia

Tanto amor a alma que tens

Devaneio ser teu veneno

Embriagada, sinto que vens

Então busco em ti essa luz

Que em meu opaco cristal reluz

Rubros beijos aos meus versos nus

25/03/10

São Paulo - SP