Amor amor

O poste aceso na noite sombria

Debaixo da marquise deitado a espera de luz

O cabisbaixo bêbado, sonhava feliz

Era o tempo de amor, amor

Os olhares flutuavam e as pernas tremiam

O gosto da cerveja diluidamente sóbria

Quanto ao causo do desalinhar as blusas,

Eram todas sempre musas

E da vida, cedeu a tudo, flores, diamantes, viagens, carros, apartamentos,

Mas a bebida, sua lida, foi-lhe tirando até as malas de couro,

Vendidas no último inverno rigoroso,

Não lhe faltava nada,

O amor sólido drenado, ao sabor da cachaça

Fez a desgraça de vida dar a partida,

A paixão fluiu com os raios de luz da manhã mal dormida,

Acorda mendigo, vai fazer ponto no porto do outro

Fora daqui, havia uma lembrança de amor.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 21/04/2010
Código do texto: T2210782
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