A insensatez do ser e do não ser amado...

Queimas-me mesmo ausente

E o fogo desvaneia-me em plena madrugada

Consolo-me de desejo

Meu corpo em constante ardor

Entrega-se incansávelmente ao teu corpo ausente

Faz-se fumaça, faz-se brasa

Fogo que arde e queima desmesuravelmente

Cai a noite contemplada pela lua

E na rua, ouve-se os berros do silêncio

Gritos contantes de vozes caladas

No horizonte a calmaria da barrulheira noturna

Na brisa o cheiro de solidão

Abro a janela em busca de cheiro teu

Ou apenas em busca de algo meu

Perdido entre as cinzas de um amor

Que se queimou e ardeu através do tempo

Que a tudo e nada se entregou

No tempo mais que tempo, sem tempo se desgastou

Da noite sem dia, sem sol e sem chuva

Daquela madrugada ausente de insensatez do ser e do não ser amado!!!

LDias
Enviado por LDias em 21/08/2006
Código do texto: T221497