Versos brancos...
 
Trago comigo, agora, um punhado de versos brancos,
Colhidos em cada passo, em cada pedaço de estrada,
Percorrido na ânsia de (re) encontrá-la!
Versos sem rimas, quase desconexos,
Por trazerem consigo meus desejos,
- Dos mais óbvios, aos mais inconfessos...
Mas são brancos estes meus versos,
Por desejarem que uma paz, em nós, seja incorporada!
Chega de tantas brigas!
Chega de palavras ásperas, quase não palavras...
Tristes palavras, como se a nossa vida fosse só lágrimas...
Trago comigo estes brancos versos quase fantasmas,
Pelo medo que sentem, de nem serem aceitos,
Como verdades concretas!
Que podem ser tocadas, primeiro pelos teus olhos belos,
Pela tua inteligência, rápida e esperta, rara,
Pelo teu coração que deixei em frangalhos...
Meus versos brancos, de tão pálidos,
Carecem, e como carecem, do teu aceite...
De um brilho em teus olhos,
Dum sorriso em teus lábios,
E de um murmúrio que seja, 
Inaudível para outras gentes:
- Vem...
Sigamos juntos novamente!

 
Edvaldo Rosa
24/04/2010
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