Poema de amor

Vai, sim...

Sopre vento, o meu nome no ouvido dela.

Estou cansado dessa valsa sem fim

E o canto que nunca cala.

Os astros ainda confabulam estrelas cadentes

E minha saudade só faz um pedido...

Raios de sol...

Aqueça-a e diga que são os braços meus.

Ainda não sei rezar, mas os santos entendem o quero dizer.

No pomar das noites sem manhã,

Sou um cavalheiro soturno

Resvalando-me entre bocas.

Daria meu céu

Se me desse suas estrelas,

Chamar-te-ia de “linda”...

(Mesmo que feia!)

Faria uma canção

Com apenas um tom da sua risada.

E trancaria os portões do castelo pra sempre!...

(Logo depois da sua entrada.)

Chuva constante...

Faça o sertão virar mar

Pra ela navegar até o porto dos meus cílios.

Vou acenar para a partida do vazio

Que sai num navio de piratas sem juízo.

E depois serei âncora no fundo do seu oceano agitado.

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 27/04/2010
Código do texto: T2221946