Poesia Urbana

Pessoas apressadas

O barulho da cidade

Onde estarão as flores

com as quais outrora

conversava, falando de amores?

Já não há quase pastos

ou jardins enluarados

sumiram-se os camponeses

e as belas pastoras

Mas perdido em meio a selva de concreto

ficou o Amor

Solitário arqueiro

A nos alvejar

e só nos resta aceitar

o destino cruel

solidão inigualável

Já não há quase árvores

companheiras dos desventurados amantes

mas ainda há amor

há ainda poesia

poeira de fantasia

em meio aos automóveis

corações se movem

pulsam, chamam

fazem que esquecem

mas, mesmo sem querer

amam...

Bob Regina
Enviado por Bob Regina em 04/05/2010
Código do texto: T2237726
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