Poesia Urbana
Pessoas apressadas
O barulho da cidade
Onde estarão as flores
com as quais outrora
conversava, falando de amores?
Já não há quase pastos
ou jardins enluarados
sumiram-se os camponeses
e as belas pastoras
Mas perdido em meio a selva de concreto
ficou o Amor
Solitário arqueiro
A nos alvejar
e só nos resta aceitar
o destino cruel
solidão inigualável
Já não há quase árvores
companheiras dos desventurados amantes
mas ainda há amor
há ainda poesia
poeira de fantasia
em meio aos automóveis
corações se movem
pulsam, chamam
fazem que esquecem
mas, mesmo sem querer
amam...