Minh´Alma na Tua 

Vago por aí, desorientada,
Minha vida, uma colcha de retalhos...
Horas... dias... meses... anos... sem graça...
Refém da dor em minh´alma jorrada,
Sorvo a solidão em dourada taça,
Desconsolado espírito em frangalhos...
 
Pinta com aquarela sentimentos
No meu coração imobilizado.
Suspende este sofrimento profundo,
Tirando-me de meus recolhimentos.
Saio da noite de meu eu parado
E entro na luz do teu olhar fecundo.
 
Minh´alma à sombra da tua navega,
Espera por momentos de doçura
Que ela sorve com certa impaciência.
Tua alma à minha ilusão lega,
E as minhas defesas, quieta, perfura,
E então latejo na tua existência.
 




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