No jardim, na praça e no Céu

O Sol está brilhando!

A chuva está caindo!

A semente está germinando!

O jardim está florindo!

A moça está passeando!

O rapaz está sorrindo!

O Sol brilhou! Brilhou! Brilhou!

Choveu! Choveu! Choveu!

A semente germinou.

O Sol se escondeu!

A flor desabrochou!

A moça estremeceu!

Choveu! Choveu muito! Choveu tanto

Que o tempo, por muito, só nublou.

O Sol parecia estar descansando,

A flor murchou

E o jardim perdeu o encanto.

A moça em casa, tristonha ficou.

O céu sem Sol, ficou nublado,

O jardim ficou sem flor,

A praça ficou sem a moça, sem rebolado.

Só gotejava melancolia e dor.

Passou a tempestade! O tempo havia mudado.

Choveu! Choveu! Mas agora a chuva parou de cair.

O Sol voltou a brilhar,

O jardim voltou a florir,

A moça voltou a passear

E a praça voltou a sorrir.

Agora chegou o tempo de amar.

Novamente o Sol brilhou!

O jardim ficou florido!

A praça toda se encantou!

Prá cada moça que passava, um alarido.

Era flor prá todo lado, toda flor desabrochou!

Moça e flor! Um dueto muito bonito!

Era uma temporona primavera

Neste aproximar de inverno.

A estação pirou. Também pudera,

Com este aquecimento global que é um inferno.

Já estamos numa Nova Era!

Chegará o dia do coração fraterno.

O céu está azulado!

O Sol está resplandecente!

A Lua está de semblante mudado!

No jardim flores de beleza transcendente,

Na praça, uma linda moça deixa um rapaz vislumbrado.

Paisagem emoldurada pelo amor nascente.

Desabrocharam flores brancas, vermelhas, violetas,

Verdes, lilás, azuis, laranjas e uma linda rosa amarela.

Apareceram moças morenas, brancas, mulatas, negras,

Loiras, ruivas e uma cabocla muito bela.

Flores e moças, todas lindas! De pétalas perfumadas, lisas ou crespas.

Ari Barroso se encantaria vendo tão bela aquarela.

O Sol se escondeu no oeste,

O jardim continuou belo,

A Lua surgiu no leste,

E na praça, surge a esperança de um novo elo

A se criar com um novo amor, prestes

A acontecer: Sol/Lua, cravo/rosa, rapaz/moça. Cósmico anelo!

O cravo e a rosa se aproximaram

Embalados pelo vento.

O rapaz e a moça se encontraram

Embalados por um nobre sentimento.

O Sol e a Lua se conectaram

Embalados por um astrológico movimento.

O Sol e a Lua conectados na madrugada,

Ocultos atrás da serra, numa radiante conexão.

Na noite cintilante, estrelada,

Num banco da praça, o rapaz e a moça uniam num abraço, o coração.

E o cravo laranja com a rosa amarela, perfumada,

Selavam a corrente de amor, no jardim, na praça e no céu. E-mo-ção!