NOITE INFINITA

Onde foi que se guardou o claro céu?

Onde estão os raios de sol da manhã?

Tudo, agora, é somente um negro véu;

Escuro imenso só iluminado por Aldebarã.

Quando, virá envolver-me, a madrugada?

Quando poderei ver um princípio de aurora?

Ao tempo, minha vida está subjugada;

Porém, partiria, sem tristeza, mesmo agora.

Vivo uma longa noite de insônia inglória

Sem nenhuma perspectiva a nascer no horizonte

E nenhuma conquista que se guarde na memória.

Em tão longo caminho não encontro qualquer ponte

Que me leve à claridade do dia, minha vitória;

Ver a luz do sol novamente e apagar o penoso ontem.

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 15/05/2010
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