Sol da Poesia

Nos momentos de espera

Em que me senti emaranhada

E minh’alma se esvaia ao nada

Perdia-me de ti

De repente, sobejamente

Tu chegas ao meu vislumbre

Despertas um vendaval de lumes

A arder-me de ciúmes

Chegaste com as ondas do mar

Como a espuma à areia pousar

Desnudo ao sabor da maresia

Aguardavas o sol da poesia

Libertei-me das amarras do mal

Das teias enrugadas de sal

Um outono se levantou em flor

Renasce esquecido o dissabor

Ao amanheceres encantando amor

Toda magia, sortilégios, luz e cor

Às chamas do encontro se guardava

Um coração ansioso te esperava

Estremecida a tua quente doçura

Minha pele vibrante em alvura

Quedou-se aos cantos do trovador

Vida e poesia sobrevividas à dor

17/05/10

São Paulo - SP