Efeitos do amor
Não sei quem és
nem de onde vens
Só sei o que cultivas
nos seres,
e vorazmente, colhes
em outro ser
Arrancas quando queres
a semente que plantas
sem nenhuma razão: sufocas
ternamente com mimos
a já idosa razão...
que vaga morimbunda
em pura comoção
Compreender-te, difícil tarefa,
pois suplantas sonhos,
planos, vidas
E partes sem prévio aviso
num espezinho vil
abrindo a um só golpe
o peito em chamas
És efêmero , hesitoso
paira no ar sutilmente...
e envolvente , numa forma
cálida provoca arrepios, taquicardias
que desastroso efeito
És num só tempo,
o mal necessário
e o bem indispensável
És conflitante sentimento
que num momento,
perde-se e ganha-se
para sempre ou
para nunca mais