O PASSADO
O PASSADO
Elizabeth Fonseca
O passado é quieto, solitário moinho.
Girando rápido à mercê do vento.
Ao cálido sol ... sua ventoinha,
Com os braços gemendo em sofrimento.
A moenda tritura o esquecimento.
A impiedosa dor rói, dilacera.
Um estampido n’alma sem alento,
É distância, saudade ... uma espera.
Uma radiosa aurora está sem dono
De lindo amor que o sonho jamais salva
Uma tentativa doente ... em vão.
A distância cruel é qual outono
Um ar triste e gelado recai n’alma.
Folhas secas rolando pelo chão.