Nêga!
Chega, cala a bôca e vê se escuta
Não ponha essa mão na cumbuca
Já vou logo lhe avisar:
Sou malandro velho e presepeiro
E não sou tão fácil de aturar
Chega, pega a trouxa e vai a luta
Aqui quem carrega a batuta
Tem o vicio de mandar
Trago essa herança de guerreiro
E não estou disposto a mudar
Nêga, meu barraco é conjugado
Meu guarda-roupa, emprestado
Nem tem cama pra deitar
Só meu violão e um cavaco
Bastam para me acompanhar
Chega, não insista na empreitada
Fizeste a escolha errada,
quem avisa amigo é
Pega o seu amor e pé na estrada
Vá correr atrás de um zé mané!