O ATO

I

Os corpos ente si se apegam

E as mãos se entrelaçam

Num gesto de desejo e ânsia

A ânsia dos beijos frenéticos

E a respiração dissipa

As mãos vagueiam ao seu corpo

Na nuança de sua posse

Seus seios em minhas mãos

Duas taças que transbordam

O limiar do prazer

As mãos suas as minhas

Vagueiam entre nossas pernas

Buscando novo horizonte

Inda que fresta umedece

Tal passagem secreta

Que se abre e fecha

Recebe o fato ereto

Que adentra, finda, arrima

Do mais nobre prazer.

II

A voz, tremida, alivia...

Ou pelo menos tenta...

Do cansaço tido...

Eliminar o cansaço dos corpos

Sorri, e repousa sobre o ombro

Sua fronte angelical, serena

Das plumas enveredadas

Mudo silente olhar...

Enquanto as minhas mãos

Passeiam sobre seu lindo corpo

Meus lábios tocam sua carne

Num sublime ato

Vem com amparo auxiliar o gozo

Sem debates ou debalde

Cresce se então os momentos

E afagam nossa carne

Sobre o alimento das almas

Paira sobre o ar, contentamento

Do mais profundo ato

Com tão pouco tempo.

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 24/05/2010
Código do texto: T2277526
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