O GRITO DA MEIA-NOITE...

Soprou o vento frio
E num instante vazio
Da noite à madrugada
Soou simplesmente o som
Da gélida badalada
 
Insana, fez-se bailar

Transou-se de um vulto na estrada
Tão sutil, enamorada
Sentindo o cheiro perverso
Que entre gritos-manifestos
Trazia o cantar do verso
 
Do que veio procurar

E aquela mulher festejou
Denunciando o seu corpo
De um pretexto a entregar-se
À Fera que a almejou
Que um grito sentido calou
 
Do corpo a enamorar

E em seus braços, desnuda
Na carne que agora quente
Estimulava a encontrar
Os traços daquela Fera
Talvez num ato de orgasmo
 
Ou vulgarmente a Gozar
 
Deixou-se a Fera acalmar
De súbito à força queria
Que a mística Lua trazia
A Besta a regozijar
Que dava à bela mulher
 
O belo gesto de Amar
O Guardião
Enviado por O Guardião em 29/08/2006
Reeditado em 08/06/2015
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