Luzeiros

Meu coração bate asas sem poder sair do chão

Corre pra lá e pra cá como um Ícaro sem cera

Um Condor sem Cordilheira

Avestruz refém do chão

E um azul devendo ao céu...

Meu coração é o léu que invade a pizzaria

Mordendo aquela fatia entre Netuno e Plutão

E só pra matar os teus nãos, rouba dois anéis apenas

E duas pedras pequenas da joalheria de Saturno

Para te entregar no turno quarto da Lua

Que vai passar na tua rua pra te contar que nasci

Só para morrer por ti e pra te esperar lá em Vênus

Onde o “Rei dos Venenos”, o Amor nos vai alçar

Para a gente esvoaçar por dois milênios, não menos

Como dois sóis bem pequenos, que se bastam pra alumiar

Constelação de um só par, de estrelas a se Amar.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 27/05/2010
Reeditado em 29/06/2011
Código do texto: T2284060
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