BÁLSAMO DE AMOR!

Cobre-me a noite com seu negro véu.

As horas passeiam displicentes pela madrugada.

O sono me repudia...

O breu abraça o silêncio na estação fria.

A solidão é nostalgia...

A nostalgia... Angustia...

A noite se torna pungente.

Lágrima amarga dolente.

Olhos se voltam para o âmago.

Clarões de lembranças lampejam.

A saudade clareia a memória obscura.

Vejo-me em braços de versos amantes.

Lábios sussurrando: “Querida”.

Olhos dizendo: “Te amo!”

Oh, que doce acalanto!

Buquê de rosas e poesia.

Se teus olhos me viram chorando,

Teu amor calou o meu pranto.

O sol iluminou o meu dia.