DO VINHO
Chão árido, calcário
Sol constante
Noite gélida.
Entre pedras
A semente germina
Floresce e frutifica
Delicada é a colheita.
Incorpora a alma
De tons rubros
Taninos, odores, sabores.
Em meu quarto
Sou mulher, fina adega
Fria noite, cobertores
Travesseiros acetinados
Cálices em minhas mãos
São promessas de prazeres
Vem comigo apreciar
Madrugada sensual
Vinho e paixão.
Meus braços são videira
Cepa de emoções
Mosto de refinadas sensações
Ofereço-te o cálice
Sinta-me
Inebria-te
Enlouqueça com ternura
A noite que vem nos envolver