O dom da vida

Quando se rompe a platitude,

Belo, o mundo se nos apresenta de repente.

E o olhar alcança a infinitude

Da vida, além dos óbices, contente;

Posto que o ato de fechar/abrir

O entusiasmo é simples questão de atitude;

Como a força que se faz, amiúde,

Para chorar e/ou sorrir.

Sobretudo, quando ao derredor

Do cotidiano, há jardins e rosas a florir

E cá dentro, pulsar plausível do amor

Escancara, refletido em gestos mínimos,

Que aos quatro cantos reverberam.

Só por isso o dom da vida já é lindo.

Cid Rodrigues Rubelita
Enviado por Cid Rodrigues Rubelita em 31/08/2006
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