Ilusão...
Às vezes essa coisa engraçada,
que até parece saída do nada,
põe tuas mãos em minha cintura,
enquanto em meus braços, envolta,
talvez te sintas mesmo tão solta,
que isso nem te incomoda...
E o teu vestido de roda,
dessa cor que eu gosto tanto,
realça mesmo o teu encanto;
sob a proteção dos tafetás...
Talvez te assente o branco
quem sabe mesmo o lilás,
sobre a pele feito açucena...
Então seguro a mão pequena,
tentando entender que segredos,
tu pudesses, enfim me ocultar...
E somente ao te soltar,
eu descubro que a imaginação,
enganou mesmo meu coração
numa doce ilusão de momento.
E como pombo solto no vento,
que se foi sem mesmo me falar,
como cena imaginada que era,
mero sonho,uma linda quimera
desmancha-se em um sopro de ar...