ABRAÇOS E AFAGOS DA SOLIDÃO!
Cubro-me com ilusões,
Que não aquecem meu frio.
Na tela distrações que não acrescentam nada,
E mais um dia passa... Céu nublado... Horas lentas.
Desligo a tela... Ligo o som...
Preenchem silêncios, melodias do novo e velho mundo.
Em meu olhar o vinho dança...
Desliza rasteiro pela garganta.
Num momento torno-me ébria da música e do vinho.
O sexo grita nas escadarias do desejo...
Subindo em ondas crescentes.
A solidão afaga-me pungente.
Consolam-me a mão – amante... Dedos experientes...
Sensações afloram...
Mais um gole de vinho... Um suspiro...
Gemidos pagãos na madrugada...
Espasmos lascivos de uma alma solitária.