Paixão Inerte
Paixão, algo que me cega.
Esqueço o dia
Apago a luz da vida
Vivo na escuridão
E tudo se faz noite
E sem o azul celeste
Apenas ensurdece
E sem guia tateio pelo infinito
Ignorando por onde caminho
Vou pisando de mansinho
Sem saber se é macio
Ou duro o chão
E os espinhos não somem
Assim também os ninhos
Feitos no caminho
Exigindo um esforço continuo
Pisando com cuidado
Caminho no tato
Mas esmago
Desde a rosa ao Botão
E quando o dia raia,
A paixão se acaba
Aparece o furo no peito
Os ninhos desfeitos
Ah! Se soubesse de tudo isto
Eu não caminharia
Inerte ficaria
A espera do dia clarear minha visão