ORVALHO DE SONHOS
Walterbrios
Você não assume nada
E some pela estrada,
Essa fome do nosso amor,
Essa grade de dor que me prende,
Você entende que nada sabe e vai
Sai levando tudo,
Orvalhos de sonhos,
Condão de alegria,
A paz do meu mundo,
Fica-me esta fome.
A tarde se esvai,
Cada momento que penso
Perde-se na neblina,
Na penumbra que cai,
Meu coração declina,
É um castelo de ilusões na ruína,
Sem distinguir o falso
Do verdadeiro
Corre-me o riacho
De tormento costumeiro.
Como sol num outro dia
Posso ser alguém vai ver,
Posso iluminar o chão
Também se faz crer,
Posso aquecer um coração.
SSABA16/6/2010