Beijos...

Eu bebo as palavras de tua boca

como beijos que não são meus...

Eu me encanto com teus sorrisos;

com teus lábios e com teus risos

como se fosse a primeira vez.

E os segundos se consomem,

como chamas de eternidade

criando espelhos no infinito

reflexos de sentimento bonito

que eu bem quisera despertar

para salvar o poeta e o homem.

Mas sou resto de meu passado;

quem sabe um quadro mal pintado

que o tempo não poderá perdoar;

pelos teus beijos que não tive,

só tímido desejo que sobrevive

sem nunca transparecer na voz...

E é só quando a noite desce,

à primeira estrela que aparece

que eu posso contar de nós...

Tudo parece fazer sentido:

sem palavras eu te chamo;

digo baixinho quanto te amo

com muito medo de ser ouvido...

Joscarlo
Enviado por Joscarlo em 22/06/2010
Reeditado em 22/06/2010
Código do texto: T2335097