A entrega

A entrega

Minhas mãos percorrem

Teu corpo suado e belo

Dá para sentir o pulsar de teu peito

Numa sinfonia maravilhosa

Tão bela quanto a visão tua

Sedutora e nua

Nossas línguas se encontram

Provocando o desejo de ter você

Sempre ali à minha frente

A ânsia de te amar

É tamanha e tal

A imensidão universal

Sem medo e pudor

Nos entregamos um ao outro

Saboreando cada segundo

Dentro da noite à meia-luz

Sem pressa e calmamente

Nos amamos loucamente

Não tem palavra que descreva

Tamanho prazer por nós sentido

Apenas dá um vislumbre

De nossa entrega e busca

Por uma satisfação infinda

Inefável e linda

Cada gota de suor que cai

Atesta o nosso prazer

Banhando-nos como água cristalina

Nos tornando fortes

Para continuarmos ali sozinhos

Entre gozos e beijinhos...

Canindé, 15 de Julho de 2005.