Dias... (GTM)

A manhã passa

e não passa a amargura

que nas tantas horas

torturando tece

a divina dor, a tonta tortura,

desse amado amor

que me enlouquece.

É tarde!

Tarda tu,

em mim perdura

a vontade de ver-te

e carece

que venhas logo,

não chegas!

É dura

a longa espera

e ch(oro) nu'a prece.

Chega a noite e tu

me olhando até parece

um anjo que de Deus

com lenimento desce...

mas não te quero anjo

porque sou impura

e não quero a cura

antes a ventura

de um beijo

Dá-me!!!

Dá-me, porque padece

minh'alma de desejo

meu lábio de loucura!!!

Júlia Carrilho Lisieux
Enviado por Júlia Carrilho Lisieux em 06/09/2006
Reeditado em 30/07/2008
Código do texto: T234152
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