Suave, Serena e Delicada
 
 
 
Olhos perdidos, passos desvairados,
Com um sentimento ardente, suave e delicado,
Que ruge com o vento, sussurra descuidado,
E deixa surgir dos seus mistérios,
As silhuetas de uma mulher apaixonada. 
 
Que anda como a brisa serena,
Que sem destino chega,
E sem destino segue o seu curso,
Sozinha e solitária. 
 
Passa pelas praias de sol ardente,
Busca aquele que a direciona,
Nesse mundo ébrio e desatinado,
Para voltar ao mar,
E viver o seu eterno caminho.
 
Ao cair da noite se esconde,
Já que o luar trás o temor.
O envio de um pedido,
O preço da vida de um ser.
 
Que sendo moço,
Perde a vida sem ter um grande amor.
Esse perdido sou eu, esse moço sou eu,
A procura do que mais me amedronta,
O seu doce olhar,
Que desejo que sempre seja meu.
 
Que nasce das ondas e me encanta,
Deixa-me hipnotizado, apaixonado.
O mar entoa cânticos de amor,
O coração dispara pelo que anseio,
A sua aparição é uma lenda que sussurra,
Como uma brisa vaidosa,
Viajando ao sabor do tempo.
 
Desejo ser forte e paciente,
Para esperar serenamente,
Quando no surgir das águas,
Possa eu em você me enrolar,
E sentir todas as curvas do seu corpo,
É nelas que vou me realizar. 

Que da sua boca eu consiga encontrar,
A seiva para alimentar a minha vida,
Você sempre será a minha amada,
Cheia de encanto, banhada de sorriso.
A obra colossal, a natureza em forma viva.
Desse que a espera sem cansar,
Escutando a brisa e as ondas do mar.

 
Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 26/06/2010
Reeditado em 01/05/2024
Código do texto: T2342839
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