Não Consigo...

Há muito que eu tento escrever uma Poesia

E não consigo.

Eu penso, me esforço, escrevo noite e dia

Mas parece que o Poema é meu inimigo...

Ah! Como eu gostaria de poder desenhar

O que sente a minha Alma sobre a vida

Para contar que ela é o melhor sonho de se sonhar

E a mais perfeita miragem que nos possa enganar...

Se eu soubesse organizar as palavras exatamente

Com a inexatidão do que me faz sentir tão vivo

Eu poderia descrever que o meu estrito senso de vivente

Vem do senso amplo de que sou um ser morrente

E diria, nesta Poesia, ou Poema, qualquer um me serviria

Tudo o que se eu falasse sem parar, a vida inteira, não conseguiria

Porque através dela eu poderia dizer tudo, só com o silenciar

E é esta forma de dizer, com verbos invisíveis, que não posso encontrar...

Mas eu vou seguir perseguindo o que a minha Alma sonha

E mesmo que este dia daqui acabe e a matéria se ponha

Continuarei procurando porque sei que vou encontrar

Seja em Braille; Esperanto ou Almanês... sei que vou achar

A forma mínima em que caiba o máximo do que quero dizer.

A menor partícula inconcebível da expressão que possa abrigar

Todas as outras Poesias já escritas por quem sabia escrever

Quando tentaram dizer, como quero para ti, que o viver para mim

Tem em ti o nascer e em ti tem o fim...se não for pra te Amar

( Ao meu AmorMaria, a quem eu peço perdão por não ter conseguido, ainda. Mas fica a promessa de conseguir)

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 28/06/2010
Reeditado em 29/06/2010
Código do texto: T2346971
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.