Os versos de Luíza.
De repente caí de entre meus dedos
Versos, versos, versos... Sem aparas ou contenção
Versos, versos, versos... Caí de minhas mãos
Sem os carinhos do papel. Direto para o chão.
Rio de versos loucos encapelados
Sem barragens ou atalhos
Viajam atropelados sugados pelo mar
Sem alento, sem registro, sem escrita ou poetar.
Loucos versos partem eternos
Quem sabe o ciclo que tudo subjuga
Venha o mar transformado rio
Trazer estes versos que partiu
Para os carinhos e aconchegos.
De pequeninas mãos que lhe dêem norte
Tirem do chão lhe façam maiores, fortes.
Até o mar de um titulo um dia
Registrem-lhes com amor e os carinhos
No porto de um livro em os versos de Luíza.