Arcanjo

as estrelas se confundem

As flores se confundem ao vento

A poeira se confunde com os serrados dos tempos

Até os contratempos, o tempo incomum se confunde

Ao brilhar o sol com um frio de tarde nu

Se confundir é instintivamente humanístico

Está na nossa essência

Nos nossos desejos

Nas nossas dúvidas

Nas nossas virtudes que são por vezes confundidas

Com um lirismo caótico

E o mais barato dessa retórica de confusão

É dizer que a melhor de todas as ilusões

São aqueles pensamentos que vem e nos confunde

Se chão é chão ou torna-se céu

Se os toques são meus

Ou se seu sou único toque

Se meus olhos, minhas mãos frias, suadas, estabanadas

São reais

Tudo muda quando até aqui no que eu acreditava

Confunde-se com a retórica poética história

O amor transborda o vazio antes inacabável

Você confunde meu eu a dizer

Adoro-te confundir...

gliard tavio
Enviado por gliard tavio em 10/07/2010
Código do texto: T2369511
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