Prelúdio à Vida

Os rios sonolentos

Não traziam a paz que fui buscar

Nem as terras remexidas aos lamentos

Faziam de uma rosa um leve suspirar

Aquela brisa pura e nua

Com carícias de me arrepiar

Descansou meu colo em doçura

Como asa de borboleta ventar

E o dia cresceu entre a terra e o céu

Numa imensidão dourada, facho de luz!

Inundou com fogo teu corpo de lis

Enlaçando-o, perdendo-se no ar.

Uma estrela a este mesmo céu movida

Ficaste como quem promete a sorte

Sabendo que dos sonhos será guarida

Iluminando noites aquecendo forte

Vida trará vidas, doces a vida!

Caminhos de luz em vigília, eterno luzeiro!

Farol de amor irradiando em silencio

Anjo de luz a um prenúncio indolor.

Luli Coutinho

17/07/10

São Paulo – SP

www.lulicoutinho.com