As águas...

Brinco com as águas... Muralhas.
Posso contar-lhes os segredos mais brandos... Os mais intensos tangencio, em prantos.
As mãos colhem o destino... Nos riscos... No tecer das Moiras... No encontrar-te em mim.
Sabores de um dia encantado... De uma vida colhida, na garrafa que jogaste ao mar.
O solo... Da Terra que semeias... O circular o humano, na cachoeira.
Palavras são riscos que delimitam sentidos... O acústico título, nas diretrizes tardias.
Perco-me, na loucura que sou... Nas voltas que tenho... Nas curvas que invento...
Assim, surrupio aos meus ouvidos as palavras que brotam... A minha mina d'água... O meu esconderijo...
Saberes... Soluços e valsas... Presenciar o teu desenhar em areia fina... Rabiscando os meus sonhos... Planos.

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