O brasão em minha face, o apelo em meus olhos...

O amor que eu sentia era meio que um brasão

Desenhado em minha face, qualquer um podia vê-lo

A saudade que eu sentia era vista pelo apelo

Que meus olhos faziam olhando para o chão

Até que um dia a incerteza de uma reciprocidade

Estampada em minha boca aflita mordendo os lábios

Confundindo pensamentos, hora loucos, hora sábios

Me fez ter um ataque de curiosidade

Passei então a exigir uma recíproca verdadeira

Que até hoje apenas sei que acabou e eu não soube

Tanta exigência entre nós, não coube

E o que eu tinha de agradável para dá-la ficou podre

Já não serve, já não tem valia alguma

Para ela, para mim rezo que suma

Pois o brasão em minha face, todos ainda podem vê-lo

E a dor de ter errado, os olhos mostram com o apelo

Todavia, aprendi bem a lição

Embora fora preciso muito tempo pra entender

Que se você duvida dos sentimentos de alguém

Este alguém duvidará dos sentimentos que há em você

Do contrário, o porquê da aflição?

Juliana ladeira
Enviado por Juliana ladeira em 25/07/2010
Código do texto: T2398020
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