Relato

Aparece-me excêntrico e leve, menino-poesia;

de ares distantes ouço o seu canto de amor e solidão...

Com tão forte e alucinante cânone cativa-me a alma para si;

em contracanto meu rosto no seu,vigoroso beijo imortal...

Por testemunhas a emoção, os desejos e as noites em claro,

motivos para este majestoso e sonâmbulo riso feliz...

Encontro o seu traço a compor sublimes versos,

estribilhos que circundam atrevidos ao seu redor...

Sendo sua inspiração eternamente a mesma que me inspira,

leio sua poesia quando sobrevêm os sintomas da criação...

Então de você absorvo as letras e os sonhos também

e no sonho acordado, paisagem invisível é nosso lugar...

Ao vê-lo, livro-me da opressora e impiedosa gravidade

e nas nuvens envolvo-me, qual pássaro aventureiro

planando alegre diante da visão do amor-poema, amor-você,

que vem belo, solto e pronto pra mim como menino ao colo...

Daí tantas palavras, conversas que o cansaço não seduz,

a doce aceitação ao seu estranho mundo e loucas razões.

E neste pequeno relato, eu externo e louvo a sua beleza,

a imponência do amor que lhe impera sentidos e razões...

Sua existência deflagra-me toda a revolução vigente,

quando me traz as coisas belas nas horas mais tristes...

Menino-poesia, encanto de poeta, sonhador dos meus sonhos,

amigo eterno, não quero vê-lo chorar e nem partir!

Nalva
Enviado por Nalva em 15/09/2006
Reeditado em 15/09/2006
Código do texto: T240813
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