Um filme qualquer

O que me faltava não me compõe mais

Me encheu de esperanças

Ao mesmo tempo que saiu dramatizando

Uma cena de uma história com fim.

E eu que pensava

Que poderia me apaixonar de novo

Me enfeiticei com um sorriso

Que só me garantia um momento de satisfação.

Meus olhos não foram capazes

De fazer brotar um sentimento qualquer

Naquele supérfluo coração

Que programou cada detalhe

Daquela noite que não me bastava mais.

Fui feita de objeto de desejo

Que abduzia a loucura de uma mente perversa e fútil

Que desmanchava o sonho criado em cena real

E se fazia história de uma simples noite de lua cheia.

Foi escrúpulo, mesquinho

A fugacidade de como falava de amor

Sem mesmo usar das palavras

Descrevia tal sublime sem comentários.

E eu me martirizava nos meus pensamentos

Tentando achar uma saída

Num beco escuro e frio

Onde cinzas se faziam

Diante do fogo da situação.

E não restou brasa

Pra quem não tinha acendido o fogo

Resta somente o peso de não ter tido a capacidade

De fazer valer uma se quer lembrança do meu olhar.

Uma vaga memória

Que te perturbaria pelo menos um segundo

Ao me rever na solidão.

Você faz bem pra minha mente

Mas maltrata o coração !

Evelyn Dias
Enviado por Evelyn Dias em 02/08/2010
Reeditado em 09/09/2010
Código do texto: T2413929
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