NO ÁPICE DO AMOR...
Entre oscilantes inebria distração
Risco nos colos de uma paixão
Acende o calor, e arde o coração.
Aspiro e mastigo toda intuição...
Os cumes das pirâmides denunciam
Como gotas que indica um temporal
Os desejos inesgotáveis prenunciam
Soprando-me as terras num vendaval...
Os tecidos que me cobrem se escondem
Provocando como fragrâncias do absinto
E na inquietação de teus olhos brilhantes
Deslizo nas salivas de um lobo faminto....
Flutuo na vibração, que da terra me alheia.
Contemplo o azul do céu próximo e avivado
Alimento do erotismo que o corpo incendeia
Sangro indefesa, num beijo ardente e desejado...