Borboletras

Toda a fúria

de um só mundo

não há de alcançá-la.

Ao tempo,

hei de compor

um poema

para que ele a conserve

distraidamente jovial.

À natureza,

hei de expor

uma canção suave;

tão agradável

que até suas cores

hão de pintar

um arco-íris eterno

em sua homenagem.

Estrelas desertas

serão habitadas

por sua presença.

Folhas em branco

encher-se-ão

com o brilho

dos fogos de artifício

que pipocam

enquanto você passa.

Maluco?

Dos casulos destes versos

nascerão borboletras

alimentadas

por sua esperança.

Do seu leito ideal

hão de sempre cair

letras em sintonia

anunciando brilhantes

a alegria que o faz pulsar:

EUTEAMO!

Ao meu grande amor, minha noiva, Vanete Oliveira!