A Ferro e Madeira

Mesmo para os trilhos que caminham paralelos

A perspectiva dá a chance de na do horizonte linha

Encontrarem-se no mesmo ponto que não caminha

O de fuga que une finalmente os divergentes e aninha

As diferenças e perpendicularismos dos dormentes

Que transformam em escada a estrada do Férreo-Amor

Escalera que nos faz subir sem a luta contra a gravidade

E resiste ao peso da locomotiva da vida, carregada de dor...

Como não há via férrea sem o paralelismos dos trilhos

Restam as chaves que nos desviam dos empecilhos

Evitando os choques e os terríveis descarrilamentos

Quando cochilam os controladores por momentos.

Podem os avisos serem feitos pelos velhos telegrafistas

Por vibrações celulares das cordas vocais em gritos

Ou por imediatos e estridentes sinais dos apitos

O importante é que os dois maquinistas contem com pistas

Que informem da localização de cada um dos trens

E no mundo das paisagens em movimento, os poréns

Se aliem às certezas e juntem as margens corrimãs

Do rio de ferro e madeira que corre para a última das manhãs.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 07/08/2010
Reeditado em 12/03/2014
Código do texto: T2423154
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.