DOIS EM UM

Um vento soprou Um tanto chorou

Na velha janela No pé de canela

Zumbindo chegou Grunhindo decepou

Aos ouvidos calados Os galhos agarrados

Que frio na alma Que se vê acalma

Do ardor sem redoma Do pudor sem aroma

Caspas que horror Cascas que sabor

Suprir do fundo eterno Usufruir o mundo materno

O amor que se sublima O odor que se aclima

Armar o amor desejado Atar o ator sublinhado

Que nunca realizado Que sempre ensejado

Amaria o amor alado Atuaria na cor tablado

De lábios surrupiados De sábios arrepiados

Estranho da janela Castanho da canela

ADomingos
Enviado por ADomingos em 07/08/2010
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