do sofa ao vinho
do sofa de couro escorre vinho
a noite de água está com febre
o vinho morre no copo sozinho
e a febre
corre feito uma lebre
a noite tropeça nos versos de arame farpado
meu edredom agoniza a cinza fria agoniza
o amor naõ vive de amor emprestado
só quer seu destino amarrado na brisa
sofro mas a branca noite de trevas
buscou entre as rosas caidas
uma gota de vinho feito de trevas
e do arame rasgado que judiou das tuas vidas
débil luz que busca teu amigo colo
um farto decote mostra dos seios a redondez
antes que me aprisione o solo
quero ver teu coraçaõ poutra vez