A madrugada

Dança em meus ouvidos as palavras ditas... O iluminar da face... O verde gosto das matas.
Lapidei as gotas da tua face... Fiz de ti o meu milagre... O teu canteiro de  mim.
Lápis e papel nas mãos... Desenhas-me o destino em cada riso... Em cada ato.
Andei pelas vias das tuas conchas... Invadimos a madrugada, em letras... Dançarinas de mim.
Agora, embebidos nas cordas doces, lançaremos os ditos a Morfeu.
Bebo da madrugada os passos que demos juntos... Alfinete de prata... O fio das moiras roubado.
Abençoadas sejam as madrugadas... Pequenas sereias que encantam a noite que se despe...E ardilosas fêmeas que acordam o dia com lenços coloridos...
Beija-me a face... Beijo-te a testa... Os olhos pintam a tela... Adormeço em teus braços... Cansaço.


00:34