Apaixonei-me por ler-te

Apaixonei-me pelas palavras que te lia

E foi por cantar-me tuas poesias de amor errante

Que fui dar-te o coração em tal alforria

Conto-vos que foi apenas por ler-te que me rendi

Desse render que me prendeu em grilhões de cetim de laços

Das fitas que amarras em tua fronte pra fingir

Ser o que não és, ou o que és em teu sincero abraço!

Somente no abraço das palavras que lia de ti

E era tal borboleta que no teu abraço encontra liberdade

De pensar que amor é bem possível

De querer o amor com todo o querer, com toda a vontade!

Foi com palavras que guardei-te no peito

E jaz agora o meu maior tesouro, em coração endereço

Que se as palavras descubro que não eras tu

Resta-me apenas o amor do teu eu que desconheço!

E se não eras tu, o que me resta agora?

Apenas a certeza de não amar-te em vida

Apenas a certeza de amar alguém que dentro de ti te esconde

De amar alguém que dentro de ti encontra guarida!

Apaixonei-me pelas palavras que te lia

E foi por cantar-me tuas poesias de amor errante

Que fui dar-te o coração em tal alforria!

dhália
Enviado por dhália em 18/09/2006
Código do texto: T243541