Fada...

Ai, que esse teu jeito travesso

é como um miraculoso condão

faz que espere a noite inteira,

doce fada feiticeira

que no fim de meu começo

vem tomar meu coração...

E eu te ofereço poesia

como sementes de flor,

como sementes de amor

para o jardim de uma princesa...

Te quero sim, princesa e fada

chegando assim do nada

com vontade de me ver...

Ai, que esse teu jeito brejeiro

acelera meu sangue e meu pulso

despertando um grave impulso

que me transtorna por inteiro...

E pelos rios de minha vida

corre essa dor doida e doída

de só te ver estrela e lua.

É dor doída que nem a tua

que me enleva; envolve e excita,

que me releva; devolve e incita

porque é imagem fugidia

fugindo no vôo da libélula,

e como ostra ocultando a pérola

rouba-me a noite, leva-me o dia...

Te quero sim, princesa e fada

para na tênue luz da madrugada

plantar poemas, eu sou um poeta !

Ai! Que esse teu jeito trigueiro

faz que os chilreios dos pardais

pareçam melodiosos madrigais

que me transformam em teu primeiro

quando inda ontem não era nada...

Te quero sim, como só um poeta quer,

como somente um poeta sabe querer!

Porque atrás da princesa é a fada

e atrás da fada é sempre a mulher!

Joscarlo
Enviado por Joscarlo em 13/08/2010
Reeditado em 13/08/2010
Código do texto: T2436227