Devaneio
Ao fechar os olhos, quando entregue a meus sonhos, descrevo em devaneios sua imagem.
Nesses momentos, assistido pela Lua cúmplice na madrugada, vejo estrelas sutilmente transformadas em Ouro Branco, lembrando dessa doce forma de agrado seu.
Suspiro recriando brisas quentes do desejo de sua mão junta a minha, marcaríamos a areia com nossas pegadas escrevendo afagos recobertos pela espuma das ondas.
Nuvens de boa ventura seriam ovelhas de pelúcia suas, livres no horizonte azul das diversas formas de carinho por mim intentadas.
Fitando seu olhar preencho meu íntimo de versos, poesias, furtaria meiguices de Quintana para extravasá-las na aurora do céu de sua boca; o beijo anunciaria despertar, porém a vontade da companhia sua seria minha utopia mesmo acordado, mesmo durante o dia.