Querida poesia,

Perdoe-me por tudo que eu possa ter te causado...

Havia outra intenção de modo que não planejei sua partida.

Sua desaparição repentina do meu convívio me fez sentir culpa!

Rogo-te: perdão, mesmo com tua falta de fé eu me ponho de joelhos.

Não nego meus atos: escrevi, senti, falei. Aos teus olhos cometi crimes!

Porém, senhora Poesia, sei que é impossível retomar o tempo que se foi...

Na amargura tola de minha existência eu me perdi!... E agora?

Meu coração acelera ao passo que penso na tua possível essência em meus dedos,

Vontade que tenho de extrair toda energia que emana no meu escrever!

Rogo-te: em nome das cantigas de roda que tu me ouviste cantar nos versos vãos...

Anseio que neste papel em branco, tu possas pousar e repousar.

Preciso desta vida, não a deixe esvair-se em gotas!...

Entoaremos “uno” uma revoada de Eros,

Se tu nos permitir!

Bianka Luz
Enviado por Bianka Luz em 15/08/2010
Reeditado em 15/08/2010
Código do texto: T2440247
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.